Das marés distantes brota,
Uma fala e chama, que chama,
Grita e canta,
Ama, encanta..
Como a Lua.
E olhar a Lua hoje,
Não é mais o mesmo.
Encanta forte encanto,
Despedaçando na força do pranto,
Gigantes monstros,
De Aço e Betão Armados,
Sim! Brutos muros, fortes, muralhas,
No rasgo do desejo, ergue escadas,
Força suprema suprime,
Sentinelas incautos,
Fracos, magoados, cansados,
De antigas batalhas desgastados,
Na violência, resistência, sugados,
Sem já memória
Sentimentos sentidos, amados.
Como a Lua.
E olhar a Lua hoje,
Não é mais o mesmo...
De ruínas novo sítio fez,
Doce voz, agora sua vez,
Sem lógica, sem porquês,
É hora!
Mudou a fase,
Mudou a maré..
Como a Lua,
Aliás..
E olhar a Lua hoje,
Não é mais o mesmo.
Quero esse sorriso,
Que atravesse o grande azul molhado,
Rosto sardento encantado,
Um toque quente e seguro,
De mel e intenso, olhar,
Cheiro familiar,
Doce murmúrio,
Ao ouvido, suspirar,
Lábios provar...
Inspira sonhos, visões,
intenções, inquietações,
miragens, promessas, canções...
Como a Lua, aliás..
E olhar a Lua hoje,
Não é mais o mesmo.
Sanidade insana,
Parvoíce doce,
Incauta, excêntrica, pulsante,
Cumplicidade estranha,
Conexão forte, instantânea,
Para quem um dia
Foi despojado desta magia profana.
É força.
É poder...
Como o da Lua, aliás...
E olhar a Lua hoje,
Não é mais o mesmo...
Espero a Lua...
Como espero agora pela maré.
Uma não o é sem a outra.
E a outra sem mar também não o é.
Espero agora sentido
Que a maré me traga a Lua,
E que a Lua me traga a maré.
Olhar a Lua de hoje em diante,
Não mais será o mesmo...
Espero assim que a Lua que aguardo ao luar,
Venha meia,na sua simplicidade,
Pois quando de mim se abeirar,
Para ela tenho guardada,
A oferta da outra metade.
domingo, 8 de julho de 2018
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