domingo, 22 de dezembro de 2013

Desabafo

"Natal". "Revellion". Já cansa. Compreendo a necessidade legítima das pessoas de ter determinadas datas como "objectivo para ser feliz", para se juntar aos seus, para se divertir e desfrutar da comunhão de afectos. Sempre que me é possível, também o faço, e procuro aproveitar o que por cá temos de melhor.
Não compreendo a cegueira que se lhe associa. Não compreendo nem aceito, que uma estrutura tão complexa como a mente humana, trabalhe à base de um botão de On/Off.

Nós, nem sóbrios, e ainda não ébrios, "sébrios" (expressão que peço aqui emprestado ao Pedro Costa aka Dr.Zog), anestesiados quando confrontados com notícias que estão aí: leis, decretos, novos aumentos. E o povo está sereno. Ainda e sempre. Lembra-me ir buscar: "No meu espaço  fortificado/ Ninguém vai Entrar/ Vivo só, Desligado/ A Ver de lado, o Mundo a Girar" - No Meu Quarto - Resistência.

Morrem pessoas todos os dias, mas nesta altura é como se falasse do tempo. Tão anestesiados estamos com o vulgo de notícias terríveis, que ainda que em outros períodos do ano se nos possa observar laivos de compaixão, logo substituídos pela nossa própria realidade que se nos impõe, e que não está fácil para ninguém, o que acontece por esta altura é que estes assuntos, não são mais do que pontuações, vírgulas, entre a discussão do próximo presente ou do tempero do desgraçado do perú.

Não compreendo. Não aceito.

Aproximadamente um mês e meio a viver em função e na expectativa de que dois dias nos vão tornar melhores, nos ajudarão de facto a resolver alguma coisa, ao mesmo tempo que se faz um Shut-Down ao nosso sistema , um black out generalizado onde o reboot está programado para daqui a uns quantos pifos.

Permito-me fazer uma observação: Não só pelo efeito álcool, a ressaca do dia seguinte se tem tornado cada vez mais penosa. A pensar.

Não invalida que desfrutemos e nos possamos divertir, com todo o direito. Precisamos disso para preservar o que resta da nossa saúde mental.

Saudades do tempo em que não pensava em nada disto. Desfrutava despreocupado e de sorriso na cara de todo este carnaval. Invejo quem ainda o consegue. Mas sinto no entanto que devo expor estas palavras a quem queira perder um pouco do seu tempo a ler, e quem sabe, a pensar um pouco.
Igualmente não irá mudar coisa nenhuma. Não pretendo ser desmancha prazeres a ninguém, mas quem sabe, se ajudar alguém a olhar para o Festival com outros olhos, esse alguém poderá depois optar como pretende o encarar. E só por poder escolher, acredito eu, faz toda a diferença.  Espero que ajude.
Eu honestamente, estou prisioneiro de momento deste olhar.

As minhas desculpas se ofendi alguém, espero ter conseguido deixar claro que não é um ataque ao que quer que seja, ou a quem quer que seja.

E não me entendam mal, eu também sei ser um folião! ;)

Divirtam-se.. mas não exagerem!

E se se portarem mal... façam-no com estilo ;)

Mustekem-mos!

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Soul


Mais um projecto, desta vez em estágio intrumental, em desenvolvimento.

Para ando à caça de vozes,em especial de uma feminina.

Aceitam-se inscrições!





Mustekem-mos!


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Chama Gelada


Aqui fica mais um projecto musical, desenvolvido por desafio de Luís Coelho em torno de um poema que escrevi há coisa de um ano.

Brevemente mais novidades, incluindo relativamente a este projecto.






Mustekem-mos!

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

O Pintas


Num momento em que por todo o país cidadãos se candidatam a presidentes de alguma coisa, deixo-vos com um modesto candidato a Hino desta surreal Campanha Eleitoral!







Qualquer semelhança entre esta personagem e a realidade é pura coincidência!


Mustekem-mos!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Lusitana Desilusão


Permitam-me algumas palavras.  Tristeza, deplorável, deprimente, surreal (,) incompetência, amadorismo, mediocridade e pagode.

Não me ocorre outro tipo de pensamentos quando olho e penso nesta tentativa de país à beira mar sepultado.

Se é grave a situação cá dentro e lá fora, penso que pior será ainda não ver alternativas credíveis ou fim à vista.

Sei que não sou o único, e aqueles que tem meios deviam ter o bom senso de não alimentar o alastrar de um universo de pessoas que cada vez têm menos a perder. Não lhes fará de certo bem à saúde.

O Sr. Seguro revelou-se forte, firme e assertivo, oferecendo corajosamente o corpo às balas e chamando a si forças, competências e responsabilidades de que tanto carece o país, isto é, pelo menos durante uns impressionantes cinco segundos que demorou entre a sua disposição para governar e a sua (nada) hábil resposta “Quem criou o problema, que o resolva”. Responsável e Original. Mas também não esperava menos.

Obrigado Passos Coelho pela coragem com que mais uma vez nos presenteaste. Obrigado Pedro, por descartares a responsabilidade de um documento ilegal que redigiste, contra todos os avisos que te foram feitos, e por responsabilizares das consequências do chumbo aqueles que em última análise fizeram o trabalho para o qual são pagos. Também te agradecem todos aqueles que vais privar mais uma vez de condições e direitos, porque bater em cegos é infinitamente mais fácil e seguro, ou pelo menos é disto que estás convencido.
Mas deixo-te uma sugestão: aproveitando a embalagem e o espírito, não te esqueças também de responsabilizar os teus pais por não teres tomates!


Mustekamos

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Gentes Estranhas

A ignomínia da soberba é geralmente mais nociva que aquela que é originada na educação. Ou na falta desta. Dividem, conquistam e governa...