Sendo este o tema deste ano na faculdade e derivado a isso mesmo, e aos trabalhos que relacionados com isto têm sido pedidos, tenho andado a divagar e a devanear demais sobre a coisa... olha, deu nisto!
Cala-te
Silêncio!!
Cala-te, já!
O Silêncio pára
O Silêncio Sofre
O Silêncio Berra
O Silêncio Pára.
O silêncio é feio
O silêncio é pão
O silêncio é água
O silêncio é lindo
O silêncio é o mais bonito que há
O silêncio é ruído a menos
Conteúdo a mais
O silêncio é belo
mas o silêncio pára
é ele a inexplicável forma
uma forma em forma de fórmula
fórmula que algo acrescenta
nem que seja algo mudo
pois em não silêncio hoje em dia
raramente se acrescenta algo
que mais válido seja
que silêncio...
E pára...
Em silêncio...
Pára...
em Silêncio...
Cala-te,
Em silêncio
Cala-te...
Silêncio...
Não precisas, nem precisas
de nada mais precisas
que te cales
não preciso de te ouvir
porquê?
Não sei. Sei que te deves calar
De te ouvir eu não preciso
pois não preciso que mo digas
o que quer que seja que me vás dizer
pode ser dito em silêncio
pois para mim mais não és que isso:
Um barulho privado do silêncio,
És ruído.
És distracção, ruído, descontextualização, barulho;
irritante, mal e errado
Distraindo tudo aquilo que a fala não cala.
Não cala, nem fala
Não descala
Tenta calar
Pois a fala já hoje se descala
e assim na mesma sala
procuro aquele que fala
com arte, engenho e não enfada
uma artéria jorrada que não se deseja estancada
Um sonho, uma visão mutilada,
Pois todo aquele que não sabe dar uso da palavra
Se procura não esvair por não manter a língua trancada
Por isso cala-te
porque o silêncio para
e saber estar calado é virtude
calar é saber
e também para calar é preciso saber
Por isso cala-te
Silêncio
Estar calado é mais que os outros saber
Que mais não seja
é saber o que os outros ignoram:
a dimensão da nossa ignorância
Por isso cala-te
Já
Silêncio!!
Não quero saber
Não quero nem saber
Não preciso de saber
Continuo eu assim a conhecer muito mais
Continuo assim a saber muito mais
do que aquilo que tu me dirias
acredito até que o que me confiarias seria errado
para mim aquilo que não dizes é o que importa
para mim aquilo que calas é que é relevante
Correcto...
Porque é dito em Silêncio...
Por isso cala-te.
Silêncio.
Já!
26/12/2011
O Silêncio (II ensaio)
Na madrugada de silêncio
traçando sonhos pelo chão
observo um lugar vazio
junto a uma esquina
e paro...
Alguém, uma sombra
Nada a perder
Algo que não posso vencer
Jaz em mim um silêncio
louco e frio, doentio
encara um riso mudo
Um esgar de medo
beijo um todo, vazio e calmo
uma luz sombreada
algo súbito
um grito mudo
um instrumento cortante
uma melodia errante,
sem corpo, uma camisa adiante
Tudo o que quero,
o que penso, acredito
tudo o que tenho ou podia ter
Algo sombrio...
Calmo...
Uma brisa...
Um raio de sol... um arrepio
um sopro ardente
uma pedra de gelo ardente
e para lá do tecido excedente
vejo, por fim, quem tenho à minha frente.
A esperança eterna no silêncio
simboliza tudo aquilo em que não creio
Se não creio, nem vejo
O vale sombrio
Penso, logo vejo
No silêncio do tudo
eu perco o nada que nunca tive
na promessa do nada
tudo conquisto
e no renascer de um grito
que corta o falso silêncio de um destino insano
A mim as armas, a derradeira luta, do silêncio profano
Contra tudo aquilo que amo.
27/12/2011
Silenciem-mos!
Mustekem-mos!! [[[]]] ***
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Gritos
Férias?! Argh!! Bah!!! Pois, supostamente... mas não! Nah! Para CVCM esta é apenas mais uma oportunidade para por em dia os Businésses pós assentos lectivos!
Paciência, cá estamos, cá estaremos, cá ficamos!!
Gritos
Um rasgo na rua
bem alto um luar
Não sei mais que fazer
mas aqui não consigo ficar
Avanço lentamente
passo a passo
pareço recear
cada iniciativa uma incerteza
em cada investida sem destreza
... Derrota
Sozinho canto, grito
bato a parede
um cerco febril
monstro maciço,
que não cede nem mexe
só,
implacável e fria
em mim basta para me bastar
Sozinho canto. E Berro!!!
Quando em mim procuro um anjo
as asas não consigo abrir
caio em mim
mas para quê voar tão alto
se nem sequer se faz sentir
E ai de mim se paro agora
de mim que não deixa memória
vivência... inútil...
vã...
Em mim revolta pura
A mim revolta pura
paralisante incompetência
incompetência paralisante
GRITO!!!! BERRO!!!!
Ao crepúsculo
penso no que sou e não fui
no que fui e não serei
E a culpa de quem é
De quem a culpa,
e quem ma roubou... ?
Inferno...
ESTOIRO.
e corro...
Corro em frente
sempre em frente
sempre assim
não posso parar
não posso cansar
não posso parar
não posso sentir
não posso parar
não posso parar
NÃO POSSO PARAR!!!
E escuro
junto ao mar
Não posso parar
não posso parar
não posso parar
junto ao mar
não posso parar
sigo em frente
não posso parar
vou-me cansar
não posso parar
sem pé
não posso parar
EU VOU PARAR!
vou voltar a sentir
vou-me afogar
vou voltar a seguir
vou voltar a andar
eu não posso parar
não posso estancar
não posso pensar
não posso sentir
não posso parar
mas sinto...
... e penso...
e não posso parar...
Frederico Prazeres aka Mustek
16/12/2012
Mustekem-mos
Paciência, cá estamos, cá estaremos, cá ficamos!!
Gritos
Um rasgo na rua
bem alto um luar
Não sei mais que fazer
mas aqui não consigo ficar
Avanço lentamente
passo a passo
pareço recear
cada iniciativa uma incerteza
em cada investida sem destreza
... Derrota
Sozinho canto, grito
bato a parede
um cerco febril
monstro maciço,
que não cede nem mexe
só,
implacável e fria
em mim basta para me bastar
Sozinho canto. E Berro!!!
Quando em mim procuro um anjo
as asas não consigo abrir
caio em mim
mas para quê voar tão alto
se nem sequer se faz sentir
E ai de mim se paro agora
de mim que não deixa memória
vivência... inútil...
vã...
Em mim revolta pura
A mim revolta pura
paralisante incompetência
incompetência paralisante
GRITO!!!! BERRO!!!!
Ao crepúsculo
penso no que sou e não fui
no que fui e não serei
E a culpa de quem é
De quem a culpa,
e quem ma roubou... ?
Inferno...
ESTOIRO.
e corro...
Corro em frente
sempre em frente
sempre assim
não posso parar
não posso cansar
não posso parar
não posso sentir
não posso parar
não posso parar
NÃO POSSO PARAR!!!
E escuro
junto ao mar
Não posso parar
não posso parar
não posso parar
junto ao mar
não posso parar
sigo em frente
não posso parar
vou-me cansar
não posso parar
sem pé
não posso parar
EU VOU PARAR!
vou voltar a sentir
vou-me afogar
vou voltar a seguir
vou voltar a andar
eu não posso parar
não posso estancar
não posso pensar
não posso sentir
não posso parar
mas sinto...
... e penso...
e não posso parar...
Frederico Prazeres aka Mustek
16/12/2012
Mustekem-mos
domingo, 18 de dezembro de 2011
I'm Back
"Ohhhhh não!! Ele outra vez! Estava tão bem caladinho!!"
Ah poisé! Voltei gente!
Quase 4 anos depois da última postadela aqui estou eu de novo, a pedido de várias famílias! (Ou não..)
Que é feito de mim? Pergutem! Olha a Porra!!
Bem, deixo-vos um devaneio antigo que tinha aqui pendurado na gaveta (tipo guiché "mêmo").
Cabeça encostada à janela
Céu, e mar azul
Pedras e carris, o chão...
Sentes confortável o sol a bater-te no rosto,
E admiras mais uma vez a magnificiência do seu reflexo
Na água enrugada pelo vento,
mas que ainda assim caminha, tranquila
À tua imagem...
E pensas...
Desfrutas de um dos teus mais íntimos momentos,
Apesar de ires numa carruagem apinhada...
Viagem esta, rotineira, dia a dia sem destino,
mas que te é fatal, crucial:
rodeado de gente, solitário
a tua vida revês
e pensas...
neste tempo morto e inútil
mas que é só teu...
E pensas...
O ruído soporífero e ritmado da trepidação,
Um olhar distante
Fixo numa paisagem qualquer,
Em que os teus olhos se vidram,
vês então muito mais além
do que aquilo que observas no teu campo de visão:
Começou a tua viagem.
Sonhos, memórias, pensamentos, Ilusões...
E pensas...
Tens pressa de chegar ao teu destino
mas escondes um secreto desejo,
O de que a viagem não mais acabe,
Pois se acontecer
Algo de mau, horrível, absurdo,
perverso, cataclísmico sucederá:
O Fim do Mundo!!!
Do teu mundo...
E pensas...
Frederico Prazeres
16/06/2011
Revisto em 18/12/2011
Vou fazer um esforço para voltar a parar mais por aqui, apesar de sinceramente ser mais o esforço vosso de continuar a vir por aqui.
PS: e sim! não foram quase 4 anos e sim quase 2, tu seu mau feitio imprestável que te deste ao trabalho de ir confirmar a data do último post só para implicar cómigo!!!
Mustekem-mos!!!
Ah poisé! Voltei gente!
Quase 4 anos depois da última postadela aqui estou eu de novo, a pedido de várias famílias! (Ou não..)
Que é feito de mim? Pergutem! Olha a Porra!!
Bem, deixo-vos um devaneio antigo que tinha aqui pendurado na gaveta (tipo guiché "mêmo").
Cabeça encostada à janela
Céu, e mar azul
Pedras e carris, o chão...
Sentes confortável o sol a bater-te no rosto,
E admiras mais uma vez a magnificiência do seu reflexo
Na água enrugada pelo vento,
mas que ainda assim caminha, tranquila
À tua imagem...
E pensas...
Desfrutas de um dos teus mais íntimos momentos,
Apesar de ires numa carruagem apinhada...
Viagem esta, rotineira, dia a dia sem destino,
mas que te é fatal, crucial:
rodeado de gente, solitário
a tua vida revês
e pensas...
neste tempo morto e inútil
mas que é só teu...
E pensas...
O ruído soporífero e ritmado da trepidação,
Um olhar distante
Fixo numa paisagem qualquer,
Em que os teus olhos se vidram,
vês então muito mais além
do que aquilo que observas no teu campo de visão:
Começou a tua viagem.
Sonhos, memórias, pensamentos, Ilusões...
E pensas...
Tens pressa de chegar ao teu destino
mas escondes um secreto desejo,
O de que a viagem não mais acabe,
Pois se acontecer
Algo de mau, horrível, absurdo,
perverso, cataclísmico sucederá:
O Fim do Mundo!!!
Do teu mundo...
E pensas...
Frederico Prazeres
16/06/2011
Revisto em 18/12/2011
Vou fazer um esforço para voltar a parar mais por aqui, apesar de sinceramente ser mais o esforço vosso de continuar a vir por aqui.
PS: e sim! não foram quase 4 anos e sim quase 2, tu seu mau feitio imprestável que te deste ao trabalho de ir confirmar a data do último post só para implicar cómigo!!!
Mustekem-mos!!!
Subscrever:
Comentários (Atom)
Gentes Estranhas
A ignomínia da soberba é geralmente mais nociva que aquela que é originada na educação. Ou na falta desta. Dividem, conquistam e governa...
-
Um das minhas últimas pancas, no que à música portuguesa diz respeito! É daquelas bandas que se ouve desde que se «pikenino», mas só quando ...
-
Arde o fogo com vontade sedento fôlego e poder dançam chamas florindo, queimando, rindo, Fogo esse já um dia me ia destruindo ...
-
Ah, doces Entranhas Florais Cartas Foral, Existências comprometidas Sem compromisso, Alocadas, resignadamente, A ess...