quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Porque há letras e Letras


Tenho associado muito as duas letras. Não sei se por ser do mesmo autor, se simplesmente por momentos em que as pessoas vão atravessando no seu percurso.


Resolvi partilhar.








Mustekem-mos!



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Chama de Gelo



Arde o fogo com vontade 
sedento fôlego e poder 
dançam chamas florindo, 
queimando,  rindo,
Fogo esse já um dia 
me ia destruindo 

Revolta um passado 
nunca esquecido 
lembrado, passado,
assumido, ferido 
Fantasmas nada queridos 
rostos perdidos, escondidos, fingidos

Doces palavras
feições amargas
nada guardam 
senão dor

dor sentida, cantada, privada, escusada, esquecida, afastada...

desprezo, abandono e dor, 
confesso por fim de forma suave
aquilo que até há segundos
queria gritar em plenos pulmões

Tudo isso em prosa
por uma voz não grossa 
respirada e sentida


Más lembranças, 
doces esperanças 
Daqui eu espero, 
Daqui desespero, 
Aqui me despeço 
Aqui vos acolho 
e não vocês.

Recordo agora as palavras de há pouco
que por pouco já delas me esquecia 
adormecidas anos, delírios e febres 
 A TI te agradeço por mas lembrares: 

EU QUERO! 



Mustekem-mos!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Viagens


Ora boas! Ainda estou vivo! Deixo-vos um devaneio, um jorro, um momento que consegui vir aqui deixar.





Ao matinal movimento trepidante
olhares amargos transparecem
desfocando pessoas cinzentas e sem nexo
olhares, sonhares, dizeres
cantares, pensares e viveres
reflectidos por olhares vítreos
que tanto a estrada como o nada não vêm,
um imenso vazio que é tudo

Salpica o sol
de manchas ígneas, quentes e belas
aurora estival
que nem por isso aquece
fundo, profundo,
a alma por aqueles de que não consegue ,
não pode, ou não merece
receber o seu calor

Fria imagem,  fria margem,
entre duas pelas quais corro
em busca de respostas para perguntas que nem exitem

Ou talvez nem devessem existir..

O calor desta viagem procura,
disfarçar a ausência daquele que não existe
acalmar o frio surdo,
angustiante, cortante, constante
sonho errante, espectante:
a próxima paragem..

Essas paragens..
Apeadeiros desertos, vazios, inúteis
escondem razões fúteis
mas que são esmagadas
pelo não propósito absurdo, condenado,
mas certo
daquela que é afinal
a grande viagem:
a última paragem

Mas no decorrer dessas outras viagens
imagens, paragens,
libertação
compreensão, sentido,
vivo, emoção..

talvez um dia..
chegar, sentar, sentir, descobrir, viver, sorrir..

um dia..

Hoje .. não é o dia.






Mustekem-mos!!



Gentes Estranhas

A ignomínia da soberba é geralmente mais nociva que aquela que é originada na educação. Ou na falta desta. Dividem, conquistam e governa...